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Como a experiência de receber um intercambista em sua casa pode ser uma grande viagem

Eu sempre quis fazer um intercambio, mas nunca tive a oportunidade, pois as prioridades eram outras. Sempre gostei de viajar, de conhecer outras pessoas (sou a rainha de amigos virtuais desde o tempo de amigos de carta) e a vontade de estar do outro lado do intercambio surgiu.

Meus pais fazem parte do Lions Club e comentaram sobre a possibilidade de sermos família anfitriã de jovens que fazem parte do programa Lions Young Exchange todos os anos. Pensei sobre o assunto  e percebi que além de novas culturas, teríamos a possibilidade de aprimorar a língua inglesa. Aceitamos o convite na hora.

Essa função começou no início de abril, porém os jovens chegariam no mês de julho. Para participar do processo a primeira etapa é preencher o cadastro junto ao Lions, para ser aceito no programa. Poucos dias depois, recebemos o retorno positivo, já com a ficha da nossa hóspede italiana, a querida Matilde, morada da Toscana, junto com uma carta de apresentação. 

A partir desse dia, começamos a trocar emails, fotos e recados para irmos nos conhecendo e também para que ela conhecesse um pouco do local onde ficaria. Achei importante lembrá-la que ela estava vindo para o Brasil, mas no período de inverno e para a região sul do país onde faz muito frio, pois a visão que a maioria dos estrangeiros tem do país, é de calor o ano inteiro.

Um pouco antes da data da viagem, os contatos ficaram mais frequentes e um dia antes do embarque eu recebi uma chamada via facetime da família dela. Morri de nervosismo na hora de atender a ligação, pois era o nosso primeiro contato ao vivo, e era preciso passar pela barreira na língua, mas acho que foi um sucesso e passamos no teste. Nos entendemos, conversamos e daí foi só esperar o desembarque no aeroporto de Porto Alegre.

Dodô esperando ansioso no aeroporto

No dia 05 de julho, o grupo de jovens chegou ao Brasil e nós estávamos lá esperando pela Matilde. 

Os dias que se sucederam foram de muitos passeios e atividades fora da nossa rotina cotidiana. Nós procuramos inserí-la no nosso meio de convívio, mas também mostrar a ela tudo o que for possível relacionado a nossa cultura, gastronomia e costumes. Foram 15 dias de orgias gastronômicas, e muito passeio.

Infelizmente o tempo não colaborou e choveu muito durante as duas semanas que os jovens estiveram aqui na região sul. Mas conseguimos fazer vários passeios como apresentar a capital do estado, Porto Alegre, como também vários passeios pela região, como andar a cavalo em Montenegro, piquenique na Barragem Eclusa de Bom Retiro do Sul, Viaduto 13 em Vespasiano Corrêa, CactárioHorst e Convento Boa Ventura em Imigrante, Morro Gaúcho em Arroio do Meio, entre vários outros programas.

O nosso chimarrão não poderia ficar de fora. No primeiro momento, um olhar curioso, mas depois ela decidiu provar e ainda levou um kit chimarrão completo, com cuia, bomba e erva mate,  para mostrar para a família um pouco dos nossos costumes.

Em casa de gaúcho, precisa provar o chimarrão
Viaduto 13

Morro Gaúcho em Arroio do Meio
Piquenique em Bom Retiro do Sul

Roteiro Delícias da Colônia

Quanto a culinária, não faltou churrasco, xis gaúcho, carreteiro, paella gaúcha, rodízio de pizza, tapioca,  feijão com arroz e aula de culinária para aprender a fazer brigadeiro.

Ensinei a fazer brigadeiro…
… e aprendi a preparar Tiramisú

Como havia um grupo de intercambistas na cidade, às vezes combinávamos programas em grupo e sempre havia alguém disponível para juntar o grupo.

Claro que em cidade pequena, tudo vira notícia e quando nos viam em algum lugar, sempre vinham conversar com a “nossa italiana”. Os jovens foram convidados a dar entrevista no jornal da cidade, e os colegas de escola do nosso pequeno, ficaram curiosos sobre o país onde a Matilde vivia, e o assunto virou tema de estudo na escola com entrevista dela para finalizar o projeto.

O pequeno adorou a ideia de ter uma irmã italiana, e aproveitou para ensinar a ela várias palavras em português, e claro aproveitou para aprimorar o seu inglês kkkkk.

Os jovens passaram duas semanas aqui na cidade, junto às famílias hospedeiras e depois participaram de um programa em grupo, na cidade de Dois Irmãos, onde todos os intercambistas que estavam no estado, ficaram juntos em um hotel, com uma programação bem extensa, e para finalizar alguns dias no Rio de Janeiro.

Como a Matilde vinha de um país onde a língua inglesa também não é oficial, a comunicação foi bem fácil. A gente tentava se comunicar em inglês e quando ambos não entendiam, partíamos para o português ou italiano e em último caso, para o tradutor.

Foram dias muito divertidos e de bastante aprendizado. Esperamos um dia poder rever a Matilde e sua querida família, e quem sabe receber novos jovens. E quando ela voltou para casa nos mandou uma foto da sua família provando chimarrão. Tem prova maior de que a experiência valeu a pena?

Se você tiver interesse em se tornar uma família anfitriã, entre em contato com o Lions Club da sua cidade sobre o projeto. Algumas outras entidades também possuem programas semelhantes, informe-se na sua cidade.

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20 respostas

  1. Que experiência fantástica é poder fazer intercâmbio. Essa menina deve ter voltado com outra visão do nosso país. E teve uma super sorte de ter ficado aí contigo Fran!

  2. Que experiência sensacional! Eu adoraria receber estrangeiros em casa, cheguei a me cadastrar no Couch Surfing, mas fiquei com receio. Com jovens e num programa bacana desse a coisa muda de figura, adorei!

    1. Pois é Couch Surfing é bem mais livre, né?
      O nosso tinha o respaldo do Lions Internacional.

      Super recomendo a experiência!

  3. Adorei a ideia! Nunca tinha pensado em receber um intercambista em casa! Imagino que a Matilde tenha se encantado com tanta hospitalidade, hein? E essa experiência de aprendizado na escola do Dodô? Fantástico!! Vou me informar na minha cidade e pensar a respeito! Valeu!! Bjks

    1. Lili,

      Deve ter um Lions ou Rotary perto da sua cidade.
      Vale muito a pena!! Foi um periodo de muito aprendizado e diversão!

  4. Nostalgia mode on! Que delícia fazer intercâmbio. Que delícia ser adolescente. Posso voltar 20 anos no tempo? Obrigada por reavivar tanta lembranças.

  5. Eu quando morava no Brasil, tinha me inscrito num programa como esses, pela escola da Helô, mas fomos embora antes disso acontecer! Acho muito, muito bacana essa troca de experiências! Eu ADORO conhecer pessoas, culturas diferentes… Helô minha filha, foi ao Canadá no auge dos seus 10 anos, pra seu primeiro intercâmbio de 2 meses e AMOU!!! 🙂 Muito legal, ótima iniciativa…

    1. Com 10 anos??? Sério?
      Preciso me preparar psicologicamente para deixar meu filho ir.
      O problema será eu conseguir ficar em casa e mandar ele sozinho. Vou querer ir junto kkkkk

  6. Que bacana a sua história aqui, uma forma de trazer para perto aquilo que você gostaria de ter vivido em outra época, mas não teve oportunidade. Eu também não tive, mas pretendo ano que vem, com 52 anos de idade fazer meu intercâmbio, provavelmente na Irlanda, meu marido e filho já aprovaram. Será a minha vez, não quer vir comigo?

  7. Ai, que experiência legal. Eu adoraria receber um intercambista, mas acho que minha cidade não tem lá muita coisa a oferecer! kkkkkkkkkkkk

    1. Nathalia,
      O objetivo do programa do Lions é cultural. Não precisa ter nada de atrativo turístico.
      Os jovens vem até aqui para conhecer a nossa cultura.

      Te informa na sua cidade!
      Beijos

  8. Fantástica experiência !!!! A carinha de Dodo no aeroporto é de pura alegria !É uma forma diferente de treinar inglês e se abrir a novos contatos.

    1. Angie,

      É só se cadastrar com o pessoal do Lions. Eles sempre estão procurando família hospedeiras!
      Nós adoramos a experiência!

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