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Ruínas de São Miguel das Missões: passeio para um final de semana no Rio Grande do Sul

Nós em frente as Ruínas da Igreja de São Miguel

Mora no Rio Grande do Sul ou está aqui a passeio e quer fugir da combinação Serra Gaúcha e Porto Alegre, como destino turístico? Então acrescenta São Miguel das Missões no seu roteiro. É longe, não tem quase nada por perto que realmente vale a pena conhecer no caminho, mas é muito linda e tombada pela Unesco como Patrimônio Mundial. Não é tão conhecida mas de muita importância para a história do estado e país. E não sou só eu que estou falando, hein? A Patricia Schultz, autora do livro 1000 Lugares Para Conhecer Antes de Morrer colocou as Ruínas de São Miguel no seu livro. Então é melhor correr logo para lá, e torcer para que elas continuem assim bem preservadas por muito tempo.
Uma dica para quem quiser conhecer o destino, é dar uma olhada nas ofertas do Zarpo, clube de viagens online, com tarifas exclusivas para o Rio Grande do Sul. Acesse aqui e confira!

As Ruínas de São Miguel, como o próprio nome já diz, ficam na cidade de São Miguel das Missões, uma cidadezinha com menos de 8.000 habitantes. É praticamente impossível se perder por lá. Na chegada à cidade visualiza-se o pórtico de acesso, com esculturas que representam São Miguel Arcanjo, os Padres Jesuítas e o cacique Sepé Tiarajú.

Em frente ao Pórtico de acesso à cidade de São Miguel das Missões

Os 7 Povos das Missões foram um conjunto de aldeias indígenas Guarani, fundadas pelos jesuítas espanhóis no Rio Grande do Sul com a intenção de divulgar o cristianismo entre os povos não cristãos. Elas eram: São Francisco de Borja, São Nicolau, São Miguel Arcanjo, São Lourenço Mártir, São João Batista, São Luiz Gonzaga e Santo Angelo Custódio.

Nós chegamos na cidade, e nem foi preciso procurar muito pelas ruínas, elas logo “apareceram”na nossa frente. A visitação inicia com um vídeo, explicando a importância de São Miguel no contexto histórico. Após o vídeo, nos deslocamos ao acesso onde o ingresso é vendido ao custo de R$5,00. O dia estava lindo de céu azul e a primeira vista das ruínas da igreja realmente impressiona. Passeamos pelo Museu Lúcio, que é a primeira edificação após o acesso.

Portaria de acesso às Ruínas 
Chegando ao Museu Lúcio Costa

O Museu Lúcio Costa foi construído em 1940, e seu projeto baseado nos traços arquitetônicos das residências missioneiras. No seu acervo estão presentes várias imagens sacras produzidas pelos índios, com uma mistura de barroco europeu com traços dos próprios indígenas, que tornavam as formas humanas mais arredondadas. Ali, nos avarandados no museu, vários índios expõe seus trabalhos de artesanato. Dodô logo se apaixonou pelos animais esculpidos em madeira e pelos arco e flecha. Principalmente depois da demostração de habilidade. Muitos índios guaranis ainda hoje moram próximo às ruínas, vivendo de agricultura e artesanato.

Figuras do museu

Aprendendo como se usa o arco e flecha
Com o sino que hoje está no museu, mas que era original  da igreja

Após a visita ao museu, partimos para conhecer às ruínas e tentar entender como funcionava “essa cidade”naquele tempo. Utilizei o aplicativo gratuito Museu sem Paredes, para nos guiar na visita. Além de áudio guias, em 5 versões, é possível visualizar como o conjunto era naquela época. É só seguir as orientações do aplicativo e posicionar seu telefone de frente para a igreja, que a imagem de como eram as construções aparece. Parabéns aos envolvidos nessa iniciativa. Realmente é muito bacana e útil.

Hoje…
…e com a ajuda do aplicativo, como era naquela época.

As ruínas da Igreja impressionam, mas imaginar “a cidade”funcionando aguça a curiosidade. Talvez seja minha alma de arquiteta e urbanista falando mais alto.

A organização do espaço urbano, em todas as reduções, seguia o mesmo padrão. As aldeias se caraterizavam pelo traçado ortogonal, sendo a Igreja a edificação principal. Em frente uma praça, sempre de forma quadrangular. Alinhado com a igreja ficavam as outras funções, como escola, cemitério e hospital. Nos fundos, as moradias dos padres, e nos outros lados da praça, as demais casa de moradia. E em São Miguel, ainda hoje é possível entender essa distribuição do espaço e funções.

A Igreja de São Miguel Arcanjo, é a ruína de maior destaque  e mais bem preservada de todo conjunto missioneiro. Alguns anos atrás passou por um reforço estrutural, já que a sua fachada e a torre estavam com uma inclinação acentuada e corriam risco de desabar.

Sua construção foi iniciada em 1735 e sua obra demorou 10 anos para ser finalizada, sob a conduta do arquiteto italiano João Batista Primolli. A Igreja em estilo renascentista possuía 3 naves com 5 altares dourados, cobertos com imagens de santos em pedra e madeira, talhadas pelos próprios índios.

A torre com 25 metros de altura, acomodava 5 sinos. Um deles com mais de 1000 quilos.

Nós passamos em torno de 1hora e 30 minutos passeando pelas ruínas, fotografando e apreciando o local. Para quem quiser conhecer um pouco mais da história, no Centro de Visitação, local onde acontece a exibição do video, é possível alugar áudio guias, para uma visita mais completa. O custo do áudio guia é R$5,00.

Meu guri super concentrado no áudio guia

Na saída, à esquerda existe uma loja de artesanato, com várias opções de lembranças da cidade e ruínas.

Algumas lembranças a venda na Loja de Artesanato

O Show:

Todas as noites, desde 1978 acontece o show de som e luzes, em frente às ruínas. O show conta a saga dos Padres Jesuítas e Índios Guaranis, habitantes da região nos séculos XVII e XVIII.

O show tem duração de 48 minutos e o ingresso custa R$ 5,00. Os ingressos são vendidos na hora, e não é preciso chegar com muita antecedência.

#Dica: Leve uma almofada para sentar e um agasalho. Costuma ser frio a noite.

De fevereiro à abril e de agosto à outubro o show acontece às 20 horas.

Em maio, junho e julho acontece às 19 horas.

E durante o horário de verão às 21horas e 30 minutos.


Como chegar:

A melhor maneira de chegar à São Miguel das Missões é de carro. Se você estiver vindo de Porto Alegre, o melhor acesso é via BR 386, passando por Estrela ( Espero você para uma visita, ok?) e seguindo em direção à Soledade, terra das pedras preciosas. Depois seguindo pela RS 223, BR 377 e BR 285 . São aproximadamente 475 km, e leva-se em torno de 6 horas na viagem.


Onde dormir:

Ficamos hospedados no ótimo Tenondé Park Hotel, que fica super próximo às Ruínas de São Miguel. O hotel é bastante grande, com uma área externa bem bonita e excelente para as crianças brincarem. Tem playground, quadra de vólei de areia, casinha de boneca, piscina e muita área verde e sombra entre as árvores. O quarto é bastante confortável, e o hotel oferece café da manhã incluído na diária. O restaurante funciona ala carte e em alguns dias no sistema de buffet. Solicitamos refeição infantil e fomos prontamente atendidos.

Nosso quarto

Nós adoramos a visita. Foi muito legal poder mostrar um pouco da história para os pequenos. Vê-los descobrir que sim, viviam índios aqui no nosso estado, e ainda vivem, e não somente na Amazônia, como povoavam seus imaginários. Vê-los descobrir um pouco mais da cultura indígena, brincar com arco e flecha, e entender a história do nosso estado. Eles puderam brincar, correr e se esconder entre as ruínas. Se divertiram, mas também aprenderam.

Mas antes de terminar o post, preciso deixar minha impressão sobre o Turismo no RS, e de maneira geral no Brasil. O local é lindíssimo, bem cuidado, mas muito pouco explorado turisticamente. Acredito que muitas mais pessoas poderiam visitar o local, gerando renda e muitos outros negócios nas redondezas. O ingresso de acesso às ruínas custa R$5,00 e ao show mais R$5,00. Tenho certeza que ninguém se importaria de pagar R$10,00 de ingresso, mas receber em troca o acesso iluminado ao show. Fiquei com pena das pessoas idosas, que não enxergavam para chegar ao local do show. Totalmente no escuro. fazia uma noite linda, com o céu estrelado de maneira que nunca tinha visto, e talvez a escuridão tenha esse intuito, de realçar o céu. Mas então que tivesse pessoas com lanternas, ajudando os visitantes a tomar seus lugares. O show em si, é muito bonito, em função do cenário. Mas completamente desatualizado, visto que é o mesmo show desde 1978.  Imagino também um local para venda de bebidas e lanches. Enfim, pequenas sugestões para tornar o local mais atrativo e desenvolvido, resultando em mais visitas para a cidade.

Ruínas de São Miguel

São Miguel das Missões/RS

98865-000

Ingressos R$ 5,00

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Quer conhecer um pouco mais do nosso Rio Grande? Então veja abaixo as cidades que já visitamos e relatamos aqui no Viagens que Sonhamos. É só clicar sobre o nome da cidade, para ver os posts:

* Cambará do Sul e os canyons

* Serra Gaúcha: Gramado e Canela

* Bento Gonçalves

* Porto Alegre

* Colinas

Para todos os posts que escrevemos sobre destinos no Rio Grande do Sul, clique aqui.

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12 respostas

  1. Adorei tuas dicas.
    meu sonho é conhecer as ruínas e finalmente faremos isso nas nossas férias agora em abril.
    Obrigada pelas dicas e otimo blog… parabens.

    1. Oi Luciano,
      Fomos até Tio Hugo, e pegamos a RS 223, pois nos disseram que a estrada estava melhor.
      Quando vierem passem por aqui!!

      Abraços,

    1. Carla,

      Nós saímos bem cedinho de casa e chegamos em São MIguel próximo para o almoço, daí visitamos as ruínas na parte da tarde. E no outro dia retornamos.
      Não foi corrido porque a cidade não oferece nada a mais para ser visitado. É perfeito para um final de semana.

      Beijos

  2. Espero voltar lá este final de semana. Achei interessante os comentários sobre o show, estive em 1978, e ainda é o mesmo? E as dicas sobre estrada.

    1. Oi Marilene,

      Eu achei o show bem antiguinho, mas se não me engano li alguma coisa sobre estarem atualizando o show.
      Depois nos conte o que achou!

      beijos

  3. Olá somos de SC e estamos pensando em ir visitar as ruínas, e gostaria de saber se tem no caminho posto para abastecimento de gasolina.
    E se tem muito pedágios.

  4. Olá somos de SC e estamos pensando em ir visitar as ruínas, e gostaria de saber se tem no caminho posto para abastecimento de gasolina.
    E se tem muito pedágios.

    1. Olá Arlei,

      Tem sim vários postos de combustíveis.
      Quanto a pedágios não sei lhe informar. Acredito que você passe por pedágio apenas na Freeway.
      Abraços,

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