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Introdução à ilha de Bali | Entendendo alguns costumes e tradições

Bali é um das mais de 17.000 ilhas do arquipélago da Indonésia e o principal destino turístico do país.

Muitos turistas chegam em Bali em busca das suas ondas, outros em busca da sua cultura e também espiritualidade.  Aqui no Brasil o destino ficou ainda mais conhecido após o lançamento do filme Comer Rezar e Amar, que é lindo diga-se de passagem, mas a ilha é muito mais do que aparece no filme.

Eu confesso que cheguei na ilha um pouco ressabiada, e sem ter pesquisado o suficiente (como sempre costumo fazer). Mas como estávamos em Bali, em busca das suas ondas perfeitas, deixei que o surfista da família definisse essa parte da viagem. Apenas exigi que Ubud entrasse para o roteiro, assim como os mais famosos templos da ilha.

Mesmo amando o por do sol na beira do mar do primeiro dia na ilha, fiquei surpresa com o trânsito caótico no dia seguinte e preocupada em relação aos dias que ainda viriam. Será que iria gostar de Bali? Hoje eu posso afirmar que me encantei pela ilha, e já morro de saudades. Me encantei pelas praias balinesas da península de Butik (que será tema para outro post) e pela cultura da ilha, que é o assunto desse post.

O povo balinês é muito receptivo com os turistas e  crianças, e os percebi muito atenciosos quando questionados sobre a cultura local.  Sempre tinha alguém que vinha brincar com o Dodô e ficavam surpresos quando dizíamos que tínhamos apenas um filho. Percebi que ter um único filho em Bali, é coisa rara. Sempre nos desejávamos mais bebês. 

Templo em Bali
Os Demônios que protegem a entrada do templo

Os templos balineses e o Hinduísmo:

Bali abriga quase toda população hinduísta da Indonésia, que tem o islamismo como religião principal. Para nós que estávamos vindo da Tailândia, onde conhecemos muitos templos budistas, o hinduísmo se apresentou totalmente diferente, seja por causa das crenças, dos templos e principalmente por causa dos seus simbolismos.

Os templos balineses são muito diferentes dos templos que visitamos na Tailândia, mas igualmente lindos. Por todos lugares que você passar em Bali, verá templos. Normalmente existem pelo menos três templos, em balinês chamados de Pura,  principais em cada localidade, um para cada Deus. No centro do povoado fica localizado o templo em homenagem a Brahma, o criador; na direção dos vulcões, o templo dedicado a Wisnu, cujo símbolo é água escorrendo pelas montanhas, e na posição contrária sempre em direção ao cemitério, fica o templo de Siwa, responsável por reciclar e destruir os espíritos.

Templo em Bali Templo em bali

Templo em Bali

Normalmente nós turistas não podemos entrar nas partes principais dos templos, mas sim apreciar sua beleza e espiritismo do exterior, nos jardins ou áreas menos sagradas.

Bali também é conhecida como “a ilha dos deuses”. No hinduísmo os balineses celebram vários deuses e sempre fazem oferendas agradecendo pelos atos e coisas boas que acontecem. Provavelmente você verá grandes cestas nos templos, pessoas carregando nas ruas ou mesmo em lojas. São nesses cestos que são feitas as oferendas e levadas ao templo, como presente aos deuses. Ao mesmo tempo que eles alimentam e agradecem aos deuses pelos bons momentos, eles fazem oferendas para entreter os maus espíritos, mantendo-os afastados.

As casas e a família :

Ao caminhar pelas ruas das cidades percebemos que as casas são bastantes diferentes do tipo de construção que estamos habituados, na verdade quase todas construções parecem templos, com grandes pórticos na rua,  para que a casa seja protegida dos más espíritos, e grandes terraços cobertas na frente da construção. A casa sempre balinesa sempre consiste em três partes: pureza, representada pelo templo, os espaços intermediários representados pelos quartos e as área impuras, onde é colocado o lixo produzido. A orientação solar dos cômodos da casa também é muito importante. Como você já deve ter percebido, os balineses são cheios de simbolismos e os seguem a risca.

Casa de Bali
Entrada de uma casa em Bali

Um fato curioso  diz respeito as nomes das pessoas. Quando você perguntar o nome de alguém facilmente ouvirá como resposta: Wayman, Made, Nyoman e Ketut. Em Bali, o primeiro nome das pessoas é definido em ordem cronológica: o primeiro filho se chamará Wayman, o segundo filho se chamará Made, o terceiro filho se chamará Nyoman e o quarto filho se chamará Ketut, independente do sexo. E se a família tiver cinco ou mais filhos? Nesse caso os nomes se repetem, e a família poderá ter dois filhos Wayman, e assim por diante.

Já o sobrenome, também é diferente do usual. Em Bali eles não utilizam o sobrenome da família, e sim, escolhem um sobrenome que represente a pessoa. Por isso mesmo, o sobrenome só é definido após o bebê ter pelo menos três meses, para que os pais conheçam sua personalidade e assim consigam escolher um sobrenome que represente a criança. Dessa forma, mesmo sendo da família, cada pessoa terá um sobrenome diferente.

As oferendas diárias:

Nos primeiros dias que você estiver em Bali, irá perceber cestinhas de palha nas calçadas e altares. Se prestar atenção atentamente, perceberá que esse ato ocorre mais de uma vez por dia, como um ritual, seja nas praias, nos templos, nas residências e mesmo nos hotéis por onde passamos.

Diariamente, os balineses preparam os Canang Saris que são oferendas feitas em pequenas cestinhas preparadas em folha de palmeira com alimentos simbólicos, flores e incenso.

Oferendas em Bali

Os colocados no chão são para os espíritos do mal e servem para apaguizá-los e deixá-los quietos. As oferendas que você vê no alto dos templos são destinados para os espíritos do bem como agradecimento pela boa saúde e prosperidade.

Oferendas em Bali

Todas essas curiosidades que contei nesse post, descobri em Bali, com a ajuda das pessoas que passaram pelo nosso caminho, nos hotéis, pousadas, motoristas, garçons e outros que conhecemos e sempre foram muito gentis e interessados em nos explicar seus rituais e cultura balinesa. Enquanto estávamos em Ubud descobri um livro que comprei e recomendo para quem deseja conhecer um pouco mais da ilha. O livro é em inglês e  chama-se  My life in Bali, da escritora Sandrine Soimaud, e explica de forma didática vários fatos da cultura balinesa. Embora seja em inglês, o livro é de fácil leitura e muito bem ilustrado. Além de Ubud, encontrei o livro à venda nas livrais do aeroporto e custava em torno de IDR 210.000

Templo em Bali

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8 respostas

  1. Estou encantada! É em contato com outras culturas tão diferentes que percebemos que nossas crenças e certezas não são absolutas e que o mundo é muito mais do que supomos. Ótimo post!

  2. Quantas imagens lindas! Eu ri com o fato de desejarem mais bebês para vocês, que desejo mais estranho (principalmente se não for a vontade de vocês, né…). Mas achei muito interessante tudo, inclusive a questão dos nomes! Deve ser tudo muito lindo por lá, né?

  3. Uma das partes mais legais de viajar pra outros paises ou regiões é poder conhecer hábitos e costumes diferentes! Eu ADORO bater papo com os "locais", puxar aquele dedinho de prosa… Nem todo mundo dá essa abertura, mas me delicio quando consigo engatar uma conversa sobre costumes locais. Eu aprendo um pouco, ensino um pouco e todos enriquecemos muito com isso!
    Adorei a história dos nomes e TÔ BOBA com o tanto de ilha! Na minha cabecinha avoada eu não achava nem que tinha esse tanto de ilha nem juntando as do mundo todo, que dirá na Indonésia hahahaha

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