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Marrocos | Acampamento no deserto e dicas imperdíveis para conhecer o destino

Faz tempo que ando sonhando com uma viagem pelo Marrocos.  Sempre que vejo alguma postagem sobre o país eu fico chocada com a explosão de cores contrastando com a paisagem monocromática do destino. Como pode ser tão contrastante e ao mesmo tempo tão intenso?

No último mês, assisti no Netflix o seriado Tempo entre Costuras, que boa parte da série tem locação no Marrocos, e minha vontade de voar correndo para lá, só aumentou. Durante o mês de janeiro, também acompanhei pelas redes sociais a viagem da minha amiga Lucimar Ventorim, que fez um roteiro incrível pelo país. Sabe aquela babação em todas as fotos?? Aproveitei a oportunidade e convidei a Lu para participar da tag Viajando com os Leitores, onde vocês leitores podem compartilhar suas dicas e roteiros aqui no Viagens que Sonhamos. Obrigada Lucimar por topar compartilhar sua experiência encantadora no Marrocos com a gente!

Como é passar a noite no deserto, no Marrocos |

Passar a noite no deserto era a nossa primeira “exigência” para ir ao Marrocos. Vi alguns pacotes com opções de ir a outro ponto do deserto, que não fosse o Merzouga, que pelo o que pesquisei é o mais bonito e que possui as dunas mais altas.  Estávamos muito ansiosos por esse dia.

O início do passeio já é diferente. Fomos até o local do acampamento de dromedário, por uma hora e meia. A volta do acampamento foi com o mesmo meio de transporte.  Antes de sairmos, já colocaram  lenços nos nossos rostos para proteger de qualquer ventania. É uma sensação de estar em um filme, vendo as dunas ao seu lado.  O ponto alto foi parar para ver o pôr do sol no alto de uma das dunas. Foi indescritível!

Mas chegar no acampamento de tendas bérberes no meio das dunas foi ainda mais sensacional! Claro que existem vários tipos de acomodação por lá, mas o nosso foi  top, com uma mega estrutura montada no meio do deserto.   Ficamos hospedados no Sahara Desert Camp  Nosso quarto estava lindamente preparado, como se fosse um hotel 4 estrelas (às vezes me perguntam e logo falo, sim tinha um banheiro igualzinho a de outros hotéis) e com inúmeras mantas na cama para o frio congelante que estava fazendo.

Após deixar mochilas nos quartos, havia um jantar nos aguardando: tudo quentinho e gostoso. Após o jantar,  fomos a uma fogueira onde eles cantarolavam e nos divertimos por um tempo, mas o frio estava nos desafiando, e fomos dormir.

Preferimos dormir cedo pois a intenção era acordar para ver o nascer do sol, queríamos aproveitar tudo o que fosse possível, como o céu estrelado, maravilhoso, no meio do deserto.

Ver o nascer do sol naquele frio congelante, não foi para todos,  mas foi lindo. Como estávamos no inverno, ele nasceu em torno de 8 horas, mas em função do frio, a maioria dos hóspedes não teve coragem de levantar. Depois, um gostoso café nos esperava para voltarmos com os dromedários e seguir a viagem para outra cidade.

Ficamos hospedados no deserto por somente uma noite e achei que foi suficiente. Não tem o que fazer a não ser, o que relatei acima:  pôr e nascer do sol e ver as dunas de pertinho. Talvez se existisse a opção de fazer algum passeio diferente nas dunas valeria a pena  uma noite a mais.

Leia também: 11 coisas que você precisa saber antes de ir para Marrakech

Roteiro no Marrocos e Hotéis que ficamos hospedados |

Foram 10 dias, conhecendo Casablanca, Rabat, Chefchaouen, Meknes, Fes, Ifrane, deserto de Merzouga, Rissani, Erfoud, Gargantas do Todra, Ouarzazate e Marrakesh.

Hotéis que ficamos hospedados:

10 Experiências Imperdíveis para quem deseja conhecer o Marrocos |

Estamos acostumados a viajar, mas conhecer o  Marrocos nos proporcionou experiências muito diferentes do que estamos habituados. Foi tudo muito marcante mas irei citar os pontos altos da vIagem, além do deserto:

  • Visitar a única Mesquita que não-mulçumanos podem visitar, em Casablanca, que é lindíssima.

  • Se hospedar em locais característicos/tradicionais e não em redes de hotéis padrões no mundo inteiro, como ficar em riads dentro das medinas e poder ter contato com o povo berbere que sempre foram muito simpáticos conosco.
  • Conhecer e ficar pelo menos dois dias na linda cidade azul Chefchaouen.
  • Conhecer a cidade de Fez e claro, passear com um guia na Medina e suas 9 mil e tantas ruelas  é uma “viagem no tempo”. Conhecer histórias contadas por eles foi essencial para aprender e não se perder. Ver o movimento louco dentro delas, ver a fabricação das cerâmicas, tapetes e lenços.
  • Experimentar comidas típicas, como a sopa harira, o tagine (nome do prato onde é servido,  ensopado com vegetais ou carne mas já veio só com almôndegas e ovo), a pastilla (composto por massa-folhada recheada com uma carne ou mariscos, com condimentos doces- canela, açúcar) e beber o chá de menta que é servido como boas vindas em vários locais.

  • Conhecer as Gargantas do Todra, um lugar mágico que fica no caminho e arrepiei quando passei por ele…pela dimensão ou sei lá o que foi!

  • Conhecer e saber da história com o guia sobre o Kasbah Ait Benhaddou que é considerado como um patrimônio histórico pelo UNESCO. É uma cidade fortificada na região de Souss-Massa-Drâa, na antiga rota de caravanas entre o Saara e Marrakesh e claro, ver a imensidão a sua frente.

  • Ver as cores lindas, mas principalmente sentir os cheiros em todos lugares que visitamos.

  • Visitar o Jardim Majorelle (inspirado nos jardins islâmicos e que pertenceu ao estilista Yves Saint Laurent) em Marrakesh, além da famosa praça Jemaa el-Fna e se encantar com ladrilhos coloridos no Palais da Bahia.

  • Ver o pôr do sol em algum restaurante na praça Jemaa el-Fna.

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O que mais me surpreendeu no Marrocos |

Saber que no Marrocos tem muito mais que Casablanca e Marrakesh para visitar e se surpreender! Há muitos lugares que passamos pelo caminho e foi incrível, como a Garganta do Todra em especial, as lindas montanhas do Atlas, as ruínas romanas de Volubilis, conhecer o povo negro do deserto e sua música em uma vila bérbere de Merzouga, o enorme palmeiral de Tafilalet e não ter medo de caminhar pelas ruas da Medina e souks. Adoramos passear por lá.

Um ponto a “reclamar” para mim foi a experiência de compra. Para comprar qualquer coisa é preciso negociar muito. É preciso ter muita vontade de comprar pois tudo tem que ter chororo. Não gostei dessa parte!

A hospitalidade dos marroquinos me fez apaixonar por tudo que vi. Acho que não faria sozinha uma viagem com tanta história para saber. Tínhamos um marroquino que nos acompanhou toda a viagem junto com o motorista e em três cidades, tivemos guias específicos para literalmente entrar na cultura deles. Foi uma viagem fantástica.

Viajamos com a Paula, da empresa Uma Brasileira no Marrocos, em um grupo de 10 pessoas, em janeiro de 2018.  O grupo foi sensacional e nos entrosamos super bem, nos divertindo muito. Se você estiver viajando sozinho, recomento procurar quem faça esses passeios por lá, pois pelo caminho entre uma ou outra cidade há possibilidade de conhecer pontos turísticos imperdíveis.

Obrigada Lu, por esse relato tão cheio de detalhes e emoção. Minha vontade de conhecer o Marrocos só aumentou.

Se você também tem uma viagem para compartilhar, entre em contato que termos o  maior prazer em publicar aqui no viagens que Sonhamos. Para ler todos os relatos da tag Viajando com os Leitores, clique aqui.

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